Indústria rentável e com bons dividendos
Breve história
Empresa com reputação internacional, a Indústrias Romi está no mercado desde 1930, inicialmente com uma oficina de reparo de automóveis localizada em Santa Bárbara d’Oeste, em São Paulo. Atualmente os produtos e serviços da empresa são consumidos no mercado doméstico e exportados para todos os continentes. Os produtos são compostos por máquinas-ferramentas (principalmente centros de torneamento, tornos CNC, tornos convencionais, centros de usinagem e mandrilhadoras), máquinas para processamento de plástico e peças de ferro fundido cinzento e nodular (brutas ou usinadas).
Apostando em tecnologia para construir o futuro
A companhia possui avançada tecnologia e constante inovação em seus produtos, com um grande número de patentes e invenções. Anualmente, é investido 4% da receita líquida consolidada em pesquisa e desenvolvimento, atuando diretamente na tecnologia para melhorar a estrutura e crescimento do negócio. Além disso, há parcerias com o meio acadêmico e institutos de tecnologia para o desenvolvimento empresarial, alinhado ao desenvolvimento da sociedade.
A corporação conta com 13 unidades de fábricas, sendo que 11 estão situadas no Brasil e 2 na Alemanha. Um total de área construída de 170 mil m², com aptidão de produção de máquinas industriais de cerca de 2.900 máquinas por ano e de fundidos 50.000 toneladas por ano.
Destaques positivos mesmo em meio à crise
A indústrias Romi apresentou destaques positivos em seu último balanço trimestral (4º trimestre de 2020). A companhia apontou recorde em sua receita de R$360,6 milhões, alta de 56,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Impressionante alta de 110,6% na entrada de pedidos, com valor de R$310,1 milhões.
A empresa iniciou 2021 com o pé direito: R $510 milhões, alta de 67,2% na carteira de pedidos. A receita operacional na unidade de Máquinas Romi contou com um crescimento de 37,1%. A corporação apresentou aumento da receita e diminuição das despesas, resultando no crescimento da margem operacional.
Lucro Bruto (R$ milhões) e Margem Bruta
Fonte: SaraInvest Research ; RI da companhia.
Driblando os concorrentes estrangeiros
A indústria de base é fundamental nacionalmente e internacionalmente. A Indústrias Romi consegue suprir demandas de qualquer país, já que seu negócio é o desenvolvimento de todo tipo de peças de máquinas. A empresa consegue driblar os concorrentes estrangeiros por atuar também em território nacional, com a maior parte de sua receita advinda da economia interna.
Além disso, o setor está ligado aos investimentos do país e possui relação com o Produto Interno Bruto (PIB). Desse modo, a partir do momento em que os investimentos do país estão ascendendo, a Romi segue na mesma linha. Com o possível aumento da taxa básica de juros (Selic) para controlar a inflação do país, é possível que impacte negativamente a empresa, por desfavorecer os tomadores de crédito. No entanto, a moeda brasileira tenderá a se valorizar com o aumento da Selic, beneficiando a companhia.
Indicadores de desempenho
Os indicadores de valuation da companhia apontam o bom desempenho da companhia. O DY é o que se destaca, com 9,10%. O preço/lucro é de 11,09 e o lucro por ação é de 2,38, demonstrando que a empresa está com boas margens. O histórico de dívida líquida/PL têm caído ao decorrer dos últimos 10 anos, atualmente com o indicador de 0,26 e a capacidade de pagamento no curto prazo (liquidez corrente) é de 1,8, o que mostra que a Indústrias Romi possui capital suficiente para arcar com suas obrigações.
Ações com valorização de mais de 100%
As ações da empresa tiveram valorização de 111,28% nos últimos 12 meses, sendo que os proventos distribuídos aos acionistas são frequentes há muitos anos. Em 2020 conseguiu superar seu marco histórico e seu dividend yield chegou a 15,53% para a alegria dos acionistas. Atualmente, a ação está com o preço de R$ 26,40.
Sobre o autor: Marco Saravalle é analista CNPI-P e sócio-fundador da BM&C e da Sara Invest. Foi estrategista de Investimentos do Banco Safra, estrategista de Investimentos da XP Investimentos, Analista e co-gestor de fundos de investimentos na Fator Administração de Recursos e GrandPrix e analista de ações na Coinvalores e Socopa. Iniciou sua carreira no programa de Trainee do Citibank. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Pós-graduado em Mercado de Capitais pela USP e Mestrando em Economia e Finanças pela FGV/EESP. Atualmente é Diretor Administrativo/Financeiro da Apimec Nacional, membro do comitê de educação da CVM e presidente do Conselho da ONG de educação financeira, Multiplicando Sonhos.
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