2019 foi um ano de grandes transformações na Oi, talvez o maior de sua história. Apos anos sofrendo com a mudança de consumo de seus produtos, a empresa iniciou importante plano estratégico para mudar seu foco de atuação.
Alguns de seus principais produtos (telefonia fixa, tv a cabo e banda larga via cobre) vem perdendo vendas de forma. A estratégia que vem sendo utilizada é o pesado investimento em FTTH (fibra até a casa do cliente).
Os resultados apresentados até o momento sugerem uma evolução dentro do planejamento estratégico:
Ao final de 2019, já são 675 mil clientes, que geraram uma receita de R$ 132 milhões do último trimestre. O número segue em franca expansão, atingindo 849 mil clientes ao final de fevereiro de 2020.
Essa receita de FTTH tem 2 objetivos principais: substituir a queda da receita dos outros produtos via Cobre, sendo que a mesma possui margens superiores.
Em relação à parte móvel, o objetivo da Oi é a expansão focada nos clientes pós-pago. Os números também obtiveram boa evolução:
A base de clientes pós-pago evoluiu 23,1% no 4 trimestre de 2019 em relação ao ano passado, atingindo 9,527 milhões de clientes.
Vale lembrar que, recentemente, a empresa anunciou que está estudando a venda dessa operação, de forma a focar seus esforços e recursos na expansão da base de clientes de fibra ótica. As operadoras Tim e Vivo já manifestaram em fato relevante o interesse na aquisição.
Destaques Financeiros:
A receita líquida atingiu R$ 4,9 bilhões no último trimestre e R$ 20,136 no ano, queda de 8,4% e 8,7%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
O Ebitda de rotina foi de R$ 1,0 bilhões no trimestre e R$ 4,6 bilhões no ano, queda de 19,1% e 23,7%, respectivamente, em relação ao ano anterior, cumprindo assim o seu Guidance:
Endividamento
A dívida líquida se encontra em R$ 15,9 bilhões, sendo que a posição de caixa pró-forma (considerando os últimos eventos recentes) é de R$ 8 bilhões.
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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA
Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.
