Juros baixos e cadentes, reforma da Previdência aprovada, Congresso Nacional e Governo Federal empenhados nas reformas Fiscal e Administrativa, PIB com sinais crescentes de recuperação, mercado imobiliário ganhando momento e bolsa brasileira subindo há muitos trimestres. 

Justo agora que tanta coisa estava dando certo aparece o Coronavirus.  O Worldometer aponta uma taxa de mortalidade de 2% para este vírus, enquanto que a SARS foi de 10%, e a  Síndrome Respiratória do Oriente Médio foi de  34%.  Mas a taxa de contágio parece ser o dobro da SARS.

Portanto essa doença parece ser mais impactante em termos de saúde publica do que no nível individual.  Ou seja, é pouco provável que você ou um dos seus morra pelo Coronavirus mas um pânico econômico epidêmico e irracional está se alastrando.

O medo está instalado nos mercados globais.  É melhor estar preparado para umas vendas massivas (sell-offs) principalmente dos investidores externos que por sua vez puxarão os internos mais desesperados com o juízo final.  Os preços das ações brasileiras podem cair enquanto seus fundamentos e seus potenciais, na imensa maioria dos casos, praticamente permanecerão os mesmos.

Como reagir a esse tranco ?  Considere o seguinte:

  1. Quedas de bolsa como ajustes , sell-offs, etc. “são da vida” do mercado.  Quase nunca podem ser previstas e quase sempre são disparadas por questões emocionais como medo ou pânico generalizado.  Pode ter chegado a nossa hora de ver um ajuste de 10% ou 20% na B3.  Pelas condições atuais das empresas e da economia, depois do tombo, as possibilidades dos preços voltarem para cima são muito razoáveis.  A volta não demora muito para acontecer.  Coisa de 4 a 6 meses.  Digamos que seja mais: 12 meses.  Um retorno de 10% ou 15% (apenas pelo ajuste para baixo da queda) nesse período não é nada mal.
  2. Controle as suas emoções.  É angustiante ver o valor de seu investimento cair 20%.  Mas uma venda impulsiva e desesperada pode fazer você cristalizar a perda inviabilizando a recomposição do seu capital pelo retorno dos preços.
  3. Considere fazer um rebalanceamento.  Preços caindo trazem novas oportunidades.  Realize parte dos seus lucros em ações que já tenham subido bastante e considere comprar ou aumentar sua exposição naquelas que antes da crise ainda não haviam realizado todo o seu potencial e que agora estejam ainda mais baratas e seguras. 
  4. Olhe de novo aquelas ações que você namorou meses atrás que lhe pareceram muito caras.  Veja se depois da queda há barganhas disponíveis.
  5. Lembrando Warren Buffet:  pode ter chegado a hora de você ser ambicioso quando os outros estão apavorados.

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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Sobre o Autor: Claudio R. Cusin é Engenheiro Mecânico formado pela Poli (USP) e Economista formado pela FEA (USP). É atualmente consultor de finanças tendo trabalhado no mercado financeiro por 30 anos. Foi Diretor de Credito e de Risco em vários bancos de investimento e comerciais.

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