Preparando-se para o pior (que aparentemente ainda não chegou), a Movida anunciou diversas medidas visando preservação de caixa e incremento de vendas, tais como:
- Alongamento e novas tomadas de dívida
- Postergação de JCP (proventos)
- Suspensão de novas compras de carros e qualquer investimento não fundamental
- Fechamento de 12 lojas de locação e 3 de seminovos
- Preços especiais para profissionais de saúde e motoristas de aplicativos
Resultado do 1 trimestre de 2020

A receita líquida chegou em R$ 1 bilhão no trimestre, alta de 19,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Devido à Pandemia do COVID-19, a empresa fez ajustes contábeis (sem efeito caixa): reconhecimento de R$ 193 milhões de impairment (perda no valor recuperável dos veículos em desativação para renovação da frota) e R$ 50 milhões para possíveis impactos de inadimplência. Somados a outras medidas não recorrentes e ganhos tributários, o impacto total é de uma perda contábil de R$ 170 milhões no trimestre.
De forma ajustada pelos impactos acima citados, o Ebitda atingiu R$ 225 milhões (alta de 55%) e lucro líquido de R$ 55 milhões (alta de 31%).
Endividamento

A dívida líquida atingiu R$ 2 bilhões ao final do trimestre, com índice de Dív Líquida / Ebitda chegando a 2,4x, contra 2,7x ao final do primeiro tri do ano passado. Conforme tabela acima, a maior parte da dívida é de longo prazo.
E os próximos meses?
A empresa abriu os números de Abril, apontando para uma desaceleração nas suas operações. Na parte de locação, o mês teve redução de 13,1%, em frotas incremento de 20,4% e em carros vendidos redução de 34,6% (comparação frente à média do 2 tri de 2019). Já a comparação com o primeiro tri de 2020 apresenta quedas mais significativas:

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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA
Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.