A Mills  divulgou os dados e resultados do primeiro trimestre de 2020.  Destaques dos números consolidados comparados ao 1T19 exceto quando mencionado diferente:

  • Receita líquida combinada* de R$ 126,1 milhões  (aumento de 9 %)
  • Lucro Bruto de R$ 82,9 milhões (aumento de 12%)
  • Margem Bruta de 66% (versus 64%)
  • EBITDA Ajustado de R$ 39 milhões (aumento de 149%)
  • Margem EBITDA Ajustado de 31% (versus 27%)
  • Prejuízo Líquido de R$ 1 milhão (versus Prejuízo Líquido de R$ 7 milhões)
  • Caixa e Equivalentes de R$ 248 milhões  (aumento de 42% em comparação ao 4T19). 
  • Dívida líquida NEGATIVA de R$ 60 milhões (aumento de 76% em comparação ao 4T19)
  • Liquidez Corrente de 2,5 x (versus 1,8 x no 4T19)

*Informações “combinadas” referem-se à soma dos resultados de Mills e Solaris para o período especificado

COVID-19

  • A empresa anunciou as medidas de praxe para o enfrentamento da pandemia, como atendimento às medidas locais e globais sobre o distanciamento social bem como medidas de segurança para proteção dos colaboradores.
  • Em Mar-20 emissão de R$100 milhões em debêntures pela  Mills
  • Em Abr-20 a Mills notou uma redução de cerca de 30% na receita de locação da Rental e de cerca de 10% em Construção.  O cashflow do mês não foi afetado
  • Em Abr-20 alongamento, por 1 ano,  do prazo de pagamento de R$22milhões das debêntures Solaris
  • Ações reduzindo gastos e preservação do capital de giro
  • Suspensão de investimentos

Incorporação da Solaris

Realizada em Mai-19 este foi um importante movimento estratégico da Mills e prometia bons ganhos em termos de crescimento e rentabilidade.  Até agora estas perspectivas vem se confirmando.  Para detalhes veja o nosso post aqui.  Abaixo o quadro com as sinergias capturadas pela empresa.  Os investimentos em Capex e Opex para a realização desta fusão somaram R$ 16 milhões; já proporcionaram ganhos de R$ 15 milhões com um run-rate de R$ 19 milhões.

Receitas

Rental (aluguel de equipamentos) responde por 87% das receitas.  Neste business 86% das receitas provem de plataformas aéreas.   A queda em relação ao 4T19 se deve a sazonalidade normal nos primeiros trimestres.

EBITDA

Vem crescendo, inclusive em termos de margem, num bom ritmo.  Os ajustes no EBITDA somaram R$ 1,7 milhão negativo (não recorrentes) referente a despesas relacionadas ao projeto de integração Mills+Solaris e ao redimensionamento do business de Construção

Endividamento

A empresa terminou o 1T20 com caixa líquido de R$ 60 milhões.  A Dívida Bruta era de R$ 188 milhões. Caixa + Aplicações Financeiras somavam R$ 248 milhões.  Em 03-Mar a empresa foi autorizada a emitir R$ 100 milhões em Debêntures , com garantia real, com prazo de 5 anos, amortizações trimestrais de principal, carência de 1 ano e com um custo de CDI+2,35%aa.  O perfil de vencimentos da divida total segue abaixo:

Geração de Caixa

Suas operações seguem gerando caixa com um fluxo de caixa livre de R$ 30 milhões no período, um aumento de 75% na comparação anual e  de 20% na trimestral.  Em Abr-20 a empresa informa ter gerado caixa apesar mesmo com a redução de 30% da receita de Rental e de 10% da receita de Construção.  Os fatores foram uma política de preços mais incisiva e impacto da Covid-19.

Nota:  Este post foi elaborado a partir de informações obtidas da central de download da área de RI da MILLS.

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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Sobre o Autor: Claudio R. Cusin é Engenheiro Mecânico formado pela Poli (USP) e Economista formado pela FEA (USP). É atualmente consultor de finanças tendo trabalhado no mercado financeiro por 30 anos. Foi Diretor de Credito e de Risco em vários bancos de investimento e comerciais.  Email: [email protected]

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