Quem olha os números da GPC Participações (GPCP3), certamente não imagina se tratar de uma empresa ainda em Recuperação Judicial. Novamente, seus resultados trimestrais mostraram ótimos números, mesmo em um ano com uma das maiores crises da história do mercado de investimentos.
Alguns destaques do 3 trimestre, divulgados na noite de ontem:
- Receita Líquida de R$ 288 milhões (aumento de 34,1% ano contra ano);
- Ebitda Aj de R$ 43 milhões (aumento de 27,5% ano contra ano):
- Lucro Líquido Aj de R$ 21,8 milhões (aumento de 86,6% ano contra ano).
Endividamento:
Sua dívida líquida atual é de R$ 271,5 milhões, nível considerado confortável em relação ao seu Ebitda (Dív Líquida / Ebitda = 2,1x). Como referência, um ano antes a dívida líquida era de R$ 357,2 milhões com o mesmo indicador em 4,4x. A redução da dívida entre anos foi de incríveis 24%. Se isso não bastasse, a empresa ainda possui terrenos disponíveis para venda (não operacionais); caso concretizadas, reduzirão ainda mais sua dívida.
Destaque
Novamente, a principal empresa do grupo foi a GPC Química, que gerou Ebitda aj. de R$ 28 milhões (aumento de 38,1%).
O setor de painéis de madeira (MDP e MDF), onde se encontram seus principais clientes, se encontra em um momento de plena capacidade. Diante disso, mesmo já tendo elevado a sua capacidade de produção de resinas em 60% nos últimos anos, a companhia iniciou novo investimento em sua planta de Araucária, de forma a adicionar 160 mil toneladas à sua capacidade de produção anual. Para se ter ideia desse montante, esse volume representa mais da metade de todo volume vendido nos 9 primeiros meses do ano (280 mil toneladas).
Recuperação Judicial
Em 21 de julho desse ano, a companhia solicitou o encerramento do processo de Rec. Judicial, o qual obteve parecer favorável do Administrador Judicial. Na sequência, o Ministério Público também deu seu parecer favorável.
Atualmente, o processo retornou ao juízo, que possivelmente encerrará em um curto período de tempo.
As vantagens da eventual saída apontadas pela GPC são:
- Melhor estrutura de financiamento junto a fornecedores e bancos;
- Melhor acesso a linhas de créditos;
- Viabilidade de novas captações de dívidas de longo prazo para realização de investimentos.
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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA
Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.
60 reais por um ativo gpcp3 ainda é barato
Ótima empresa ainda pagando dividendos imagina quando sair de RJ e o preço está barato de mais