A crise do COVID-19 não impactou o início do ano da Ferbasa. Mesmo contando com expressiva queda do preço do ferrocromo em relação ao primeiro tri do ano passado, o dólar ajudou e a receita da companhia manteve-se estável, porém foi 20,8% superior ao 4 tri de 2019.
Essa receita elevada foi possível graças ao incremento de vendas, que compensou a queda do preço do ferrocromo, porém trouxe com ele um incremento de custos tanto de produção quanto de exportações.
Esse aumento de custos trouxe para a empresa uma redução de 23,1% em seu Ebitda frente ao 1 tri de 2019 (aumento de 97,7% em relação ao 4 trimestre), atingindo R$ 68,6 milhões de forma ajustada.
Já seu lucro líquido, impactado por operações de hedge cambial, foi negativo em R$ 0,6 milhões, contra R$ 46,1 milhões positivos no 1 tri de 2019.
Como andam as vendas nessa crise?
Ao contrário do que vem ocorrendo com a maioria das empresas no mundo, a Ferbasa vendeu mais do que no ano passado e do que no último trimestre, aproveitando-se principalmente das exportações (leia-se China):
De forma consolidada, a Ferbasa vendeu 9,9% a mais do que no 1 tri de 2019 e 32,4% a mais do que no trimestre anterior.
O o que esperar do futuro?
Como toda empresa, a Ferbasa segurou investimentos no trimestre, porém até o momento, as vendas e a sua produção não vem demonstrando enfraquecimento.
Lembrando que seu principal produto, o ferrocromo, virá com elevação de preço de 12,9% (sua cotação é definida trimestralmente), e que juntamente com um dólar mais forte, reforça as boas perspectivas da companhia.
Seu endividamento segue controlado, encerrando o trimestre com dívida líquida de R$ 252 milhões, contra R$ 264 alcançado no final de 2019.
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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA
Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.