Estamos em uma semana decisiva, quando boa parte dos resultados do segundo trimestre serão apresentados. Trimestre esse que contemplou os meses críticos de uma das maiores crises que vivemos até hoje, a crise do Covid-19. Há uma percepção de que, agora é hora de separar o joio do trigo: momento de vermos quais empresas mostraram resiliência na crise, souberam se reinventar e até mesmo ganhar mercado de seus concorrentes.

Pensando nisso, conversamos com alguns dos principais analistas e gestores do mercado, grandes conhecedores de nossas preciosas Small Caps:

João Paulo Reis, da VENTURE Value FIA: “RNI (RDNI3), já que ela apresentou uma prévia operacional surpreendente nos meses da pandemia, aumentando substancialmente suas vendas pelo canal on-line. Ela é uma incorporadora focada no “ minha casa minha vida” e em cidades médias, em regiões ligadas ao agronegócio. Foco nos condomínios horizontais de casas com toda a infraestrutura de segurança e lazer”.

Carlos Herrera, da Condor Insider: Especialista em empresas fora do radar da maioria, Carlos Herrera da condorinsider.com acredita que os resultados do 2T20 poderiam terminar surpreendendo. “Em uma combinação de câmbio e setor favoráveis a Taurus Armas é uma empresa dolarizada, tendo mais de 80% de sua receita vinda do mercado externo, especialmente EUA. Falando sobre os EUA, a demanda por armas nesse país se encontra em níveis muito acima da normalidade, motivado tanto pelo temor gerado pelas eleições, quanto pelo temor social do COVID-19. Outros bons gatilhos são as potenciais novidades em relação ao andamento da Joint Venture na Índia e no Brasil para fabricação de acessórios. ” No entanto, ele destaca que a empresa conta com um alto risco de governança e lamenta a falta de previsibilidade do balanço, que implica na necessidade da exigência de uma boa margem de segurança para quem estiver pensando no longo prazo.

Werner Roger, da Trígono Capital: “ Minhas candidatas são Trisul (TRIS3), pouco afetada pela pandemia e 3 com lançamentos e Ferbasa (FESA4) com câmbio puxando o operacional, volumes elevados de produção e exportação, mas ainda impactada pelo hedge levando 50% do ganho operacional. A Schulz (SHUL4) poderá ser também uma boa surpresa, pois os veículos pesados foram menos afetados e as vendas de junho e julho das montadoras precisavam ter um bom suprimento de componentes. Já a São Martinho (SMTO3) que trará seus resultados hoje com boa expectativa, vinha sendo renegada pelo sell side pelo efeito petróleo no etanol que julgo irrelevante, pois o açúcar está muito bem e consome a cana que iria para o etanol e tem o extraordinário do IAA. Por último, JSL (JSLG3): A controlada Vamos praticamente não está sendo afetada, e o agronegócio, mineração e florestal, seguem puxando a demanda por logística. Muita coisa boa vinda aí”.

Já a Heloísa Cruz, da Stoxos, em rápida conversa com o Portal, tem as suas apostas da Movida (MOVI3), que pertence ao grupo da JSL (uma das empresas escolhidas pelo Werner).

Alguns pontos que podem ajudar o leitor a entender a escolha da Helô: O mercado sempre penalizou a Movida pelas vendas de seminovos. Porém, esse segundo trimestre deverá mostrar o fim desse último obstáculo para que a empresa passe a receber melhores múltiplos, mais em linha com a de seus concorrentes. Além disso, os outros setores da companhia vieram bem acima da expectativa, fazendo com que a prévia de seus resultados apontasse para uma estabilidade nas receitas líquidas.

E você? Quais são suas apostas em Small Caps?

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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.

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