Destaques de 2019
Receita Líquida no ano foi R$ 433,7 milhões (crescimento de 3,3% ante 2018); no 4T19 esta receita atingiu R$ 113,4 milhões (+9,2% em relação ao 4T18 e +4,1% em relação ao 3T19)
EBITDA (pós-IFRS16) em 2019 totalizou R$ 102,8 milhões. Esse mesmo EBITDA, se calculado pré-IFRS16, foi de R$ 76,4 milhões que se compara a R$ 81,5 milhões em 2018, portanto uma queda de 6,3%. Pelo mesmo critério de comparabilidade a margem EBITDA (pré-IFRS16) caiu de 19,4% em 2018 para 17,6% em 2019 (-1,8 p.p.). No 4T19, o EBITDA pre-IFRS16 foi de R$ 22,9 milhões que se compara aos R$ 18,0 milhões do 4T18, um aumento de 27,2%.
Lucro Líquido de 2019 totalizou R$ 26,8 milhões (redução de 18,2% comparado aos R$32,8 milhões do ano anterior). O Lucro Líquido no 4T19 totalizou R$ 9,7 milhões, crescimento de 4,4% ante o 4T18 e 20,6% comparado ao 3T19
Endividamento Líquido de R$ 16,3 milhões em Dez-2019 uma redução de 63% em relação a 2018
Alavancagem Divida Líquida /EBITDA pré-IRFS16 de apenas 0,2 x em Dez-2019 versus 0,3 x em 2018
Na tabela abaixo temos os highlights do desempenho da empresa. Importante notar que a comparação entre 2019 e 2018 fica prejudicada pela mudança do critério contábil (IFRS16):
Num ano em que os resultados do varejo ficaram aquém da expectativa geral, a CSU também apresentou um desempenho modesto sobretudo quando se considera o rally de preço de suas ações no 4T19.
No comparativo ano a ano, as receitas cresceram pouco e as margens caíram. A adoção mandatória da contabilização de arrendamentos pelo critério do IFRS 16 inflou o valor EBITDA nos trimestres de 2019. Essa “anomalia” é observada nas DFs de todas as empresas . Nessa fase de transição sugem estas distorções involuntárias e inevitáveis. Já a partir de 2020 passaremos a dispor de dados perfeitamente comparáveis sem necessidade de ajustes. Para que os nossos leitores possam comparar 2019 (que utiliza o IFRS16) com 2018 (que não utiliza e que portanto não está disponível) optamos por usar os dados “pré IFRS16” em ambos os anos. Por este critério observa-se uma piora no desempenho da empresa.
No 4T19 nota-se uma melhoria geral nos indicadores o que pode sinalizar a continuidade da tendência positiva em 2020. Os problemas globais trazidos pelo coronavirus e pelo conflito do petróleo são uma forte ameaça a essa tendência.
É importante destacar que a CSU passa por uma fase de transformações que ainda não produziram efeitos positivos de relevância. Essas transformações são decorrência do processo de digitalização dos meios de pagamento e do mercado bancário assim como do advento das Fintechs. A CSU está numa posição privilegiada para capturar essas oportunidades prestando serviços a esses novos players.
Adicionalmente convém acompanhar de perto seus investimentos no business chamado MarketSystem, uma provedora de solução de marketing de relacionamento e programas de fidelidade. Esse é um ramo que se apresenta bastante promissor tanto em termos de crescimento como de rentabilidade. Por enquanto a sua participação nas receitas e resultados aparentemente é pequena. Sua dimensão e desempenho não podem ser analisados porque seus dados específicos não estão disponíveis.
Com relação a endividamento e alavancagem a CSU mantém a sua postura conservadora de baixa alavancagem e diligente gestão da solvência do seu balanço.
Nota: Este post foi elaborado a partir de informações obtidas da central de download da área de RI da CSU e da conferencia telefônica em 12-Mar.
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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA Sobre o Autor: Claudio R. Cusin é Engenheiro Mecânico formado pela Poli (USP) e Economista formado pela FEA (USP). É atualmente consultor de finanças tendo trabalhado no mercado