Destaques

Vendas Líquidas Consolidadas em 2019 de R$ 556,4 milhões (crescimento de 16,7% sobre 2018).  No 4T19 as vendas foram de R$ 140,3 milhões 20,6% maiores em relação aos R$ 116,3 milhões do 4T18.

Lucro Bruto Consolidado de R$ 24,7 milhões no 4T19 versus R$ 14,8 no 4T18 (crescimento de 66,9%).   No ano de 2019  foram R$ 93,6 milhões, um aumento de 38,3% em relação aos R$ 67,7 milhões em 2018.  A margem bruta em 2019 atingiu 16,8% contra 14,2% no ano anterior.

Resultado líquido do 4T19 foi um Lucro de R$ 10,6 milhões (aumento de 68,3% comparado aos R$ 6,3 milhões de lucro no 4T18).  No acumulado do ano de 2019 a Mangels evoluiu de um prejuízo liquido de R$ 46,4 milhões em 2018 para um prejuízo de R$ 6,5 milhões em 2019, variação positiva de R$ 39,9 milhões

EBITDA alcançou R$ 13,6 milhões no 4T19 versus R$ 11,5 milhões no 4T18 (+ 18,3%).  No acumulado de 2019 somou R$ 65,5 milhões, um aumento de 23,8% em relação aos R$ 52,9 milhões de 2018.  Lembramos que a adoção da contabilização de arrendamentos pelo IFRS16  resultou num EBITDA maior em 2019 para todas as empresas no Brasil.

Alavancagem Dívida Líquida/EBITDA melhorou mas continua elevadíssima:  era de 11,2 x em 2018 e em 2019 baixou para 9,4 x.

A PWC (Auditores) ressalvou a sua opinião sobre as DFs de 2019 alertando para o fato de que estas DFs deveriam refletir os benefícios do fato da Mangells haver ganhado na Justiça (decisão final)  a exclusão do ICMS da base de cálculo dos tributos de PIS e COFINS para o período de apuração de tributos de 1992 a 2011.  Isso porque “a entrada de benefícios econômicos para a Companhia é praticamente certa”.  Portanto “o ativo e o correspondente ganho deveriam ser mensurados e reconhecidos nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2019”.  A Mangels informa que ainda não terminou o cálculo do impacto positivo dessa ação.

A Mangels é uma empresa metalúrgica que opera em 3 segmentos:

  1. Cilindros (34% da Vendas Líquidas):  Planta em Três Corações-MG, produz cilindros para gás liquefeito de petróleo (GLP) e tanques de ar comprimido. A divisão possui o serviço de requalificação de cilindros para GLP e fabricação de produtos estampados em formato de eixo “V” para automóveis.
  2. Rodas (58%): Também situada em Três Corações, a fábrica produz rodas de alumínio originais para montadoras de veículos;
  3. Aços (9%): Planta em Manaus-AM, fornece tiras e bobinas laminadas a quente e frio, revestidas a zinco;

O Mercado Interno responde por 87% das suas Vendas e o Mercado Externo (exportações para a Argentina) responde pelo resto.

O quadro abaixo traz os principais indicadores de desempenho

Importante notar:

A empresa tem 50% da sua divida denominada em USD , e 98% vencendo no Longo Prazo. A Mangels teve seu desempenho afetado diretamente pela desvalorização do Real.  A taxa R$/dólar que em 31-Dez-18 era R$ 3,87 em 31-dez-19 chegou aos R$ 4,03 gerando contabilização de variação cambial negativa de R$ 13,1 milhões no período (provisões de variação cambial e juros).  Tanto os juros quanto a variação cambial não afetam o caixa da Companhia, pois a maior parte da dívida é de longo prazo. 

O EBITDA vem melhorando continuamente  e é um importante indicador da recuperação da Companhia, pois representa a geração de caixa para pagamento das obrigações e da dívida negociada, e não está afetado pela variação cambial.

Nota:  Este post foi elaborado a partir de informações obtidas da central de download da área de RI da MANGELS .

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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Sobre o Autor: Claudio R. Cusin é Engenheiro Mecânico formado pela Poli (USP) e Economista formado pela FEA (USP). É atualmente consultor de finanças tendo trabalhado no mercado financeiro por 30 anos. Foi Diretor de Credito e de Risco em vários bancos de investimento e comerciais.

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