A empresa JLS, uma das maiores empresas de Logística do Brasil, apresentou crescimento de 23% em seu faturamento, alcançando R$ 2,4 bilhões. O seu Ebitda aumentou ainda mais, atingindo expansão de 32%, com crescimento em seus 4 grupos: Movida, Vamos, JLS Logística e CS Brasil.

Hoje a companhia dividiu suas controladas em 4 grupos, com gestão independente entre elas:

fonte: RI JSL
  1. JSL Logística: é o maior portfólio de serviços logísticos do Brasil, sendo de baixa necessidade de investimentos (asset light), representando 26% do Ebitda total.
  2. CS Brasil: serviços de logística focado no setor público, como terceirização de frotas, transportes de passageiros e limpeza urbana. Representa 13% do Ebita.
  3. Vamos: líder na locação de caminhões, máquinas e equipamentos no Brasil. Basicamente, compra o veículo com desconto, aluga por 5 anos e depois vende. A TIR (taxa interna de retorno) esperada dessa operação é de 20,2%. Seu Ebitda representa 27%.
  4. Movida: é a empresa mais conhecida do grupo, com ações listadas no Bovespa sob o código movi3. Trata-se de empresa de locação de veículos leves, com modelo similar ao da Vamos. Apresenta, atualmente, 31% do Ebitda do grupo.

Endividamento:

A dívida líquida da empresa tem sido a grande preocupação dos analistas. A relação Dívida Líquida / Ebitda (quantos Ebitdas anuais seriam necessários para pagar a dívida) saiu de 5x em 2016 para 3,7 nesse semestre anualizado. Tudo isso, com investimento líquido quase que todo concentrado na expansão operacional, conforme gráfico abaixo:

fonte: RI JSL

Comentários:

A JSL é uma empresa que vem apresentando expressivo crescimento ao longo dos anos (acima de 10% nos últimos 5 anos). Sua operação depende muito de seu poder de barganha, tanto para obtenção de crédito com condições competitivas, quanto para compras de ativos com descontos de até 30%. Está inserido fortemente do crescente mercado de locações, através da Movida e da Vamos.

Por se de capital intensivo, não deverá apresentar elevados pagamentos de dividendos nos próximo exercícios, limitando-se à distribuição de 25% de seu lucro.

Apresenta endividamento elevado, mas com melhoria significativa frente à sua capacidade de pagamento medida pelo Ebitda. Além disso, tem conseguido recursos no exterior, mas sem apresentar risco cambial, por apresentar Swap da mesma em reais.

Com valor de mercado de R$ 3,3 bilhões, apresenta relação P/L de 14 (seu valor de mercado equivale a 14 anos de lucro líquido) quando anualizamos seu lucro líquido do último trimestre.

NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.

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