A CSU, empresa de soluções tecnológicas como administração de meios de pagamentos, promoveu apresentação aos analistas em sua sede, na cidade de Alphaville.

De forma geral, percebemos um clima de muito otimismo entre a diretoria, muito acima do que temos visto em outras apresentações. Apesar de não ser um guidance oficial, o CEO, sr Ricardo Ribeiro Leite, diretor de RI e financeiro, acredita que, em 2019, a companhia terá seu maior Ebitda da história.

Tida como o “patinho feio” do grupo, a CSU Contact vem sendo uma das gratas surpresas, com crescimento superior a 100% em seu Ebitda no 1 semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Foi ressaltado o turnover de funcionários muito baixo para os padrões do setor (4%), a qualidade na prestação de serviços (deram como exemplo os prêmios recebidos pela operação com a Natura) e sua evolução tecnológica.

Um dos principais desafios apresentados foi o chamado Cross Sell entre as áreas, ou seja, atrair clientes de um produto para os demais oferecidos pela empresa. Veja os clientes atuais:

fonte: site CSU

No segmento de Fidelidade, o diretor Ricardo Manhães reforçou a chamada “janela de oportunidade”: com as recentes mudanças operacionais da Multiplus e Smiles, há o entendimento de que espaço para empresas independentes e mais diversificadas em relação ao catálogo de resgates: são mais de 500 mil produtos e serviços em seu portal Opte+

fonte: site CSU

Indo para os números financeiros, a empresa apresenta um valor de mercado de R$ 268,8 milhões, com relação P/L (preço sobre lucro) de 10,57, DY de 6,3% e dívida líquida de R$ 22,9 milhões (dív líquida / Ebitda de 0,3). Seu Ebitda ajustado no 2 trimestre foi de R$ 26,3 milhões (margem de 24,6%), uma elevação de 18,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

fonte: site CSU

Comentários:

Trata-se de uma empresa que acompanho desde seu IPO, quando acabou perdendo um contrato relevante que estava em processo de implementação (com a Caixa Econômica Federal) e acabou nunca mais recuperando sua cotação da época.

A empresa aparenta otimismo quanto ao seu futuro, que estaria desassociado ao crescimento do país, dadas as oportunidades do segmento. Porém, seus indicadores fariam sentido para uma empresa estagnada.

NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.

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