Focada na gestão e redesenvolvimento de poços maduros, a Petrorio apresentou seus resultados do último trimestre, com os seguintes destaques:
Receita Líquida de R$ 399 milhões, elevação de 78% frente ao mesmo trimestre de 2018;
Queda do lifting cost para U$ 22,9/bbl, contra U$ 31,5/bbl no mesmo período do ano passado;
Recorde histórico de seu Ebitda ajustado por barril produzido: U$ 31,5/bbl, conforme explicação abaixo:
Esse resultado é explicado principalmente pela redução de custos (as novas aquisições trouxeram sinergias) e dólar favorável (cotação do Brant é em dólar). Esses efeitos positivos compensaram a queda na cotação de 18,2% do Brant frente ao mesmo período do ano passado.
Já o lucro líquido ficou negativo em R$ 71,9 milhões, explicado principalmente pela desvalorização cambial, a qual causou aumento da despesa financeira (dívida predominantemente em dólar).
Em relação à dívida, a empresa apresentou alavancagem de 1,2x (dívida líquida sobre Ebitda últimos 12 meses), com dívida líquida total de R$ 694 milhões.
Comentários:
O resultado da Petro Rio veio dentro do esperado. Apensar do prejuízo contábil, ela possui um hedge natural, pois suas receitas são em dólar. Dessa forma, esse prejuízo é muito mais contábil do que prático em termos de geração de caixa.
Por atuar em campos maduros, seu principais riscos ficam limitados à desvalorizações do Brent, já que seu custo de produção tende a se manter próximo ao atual ao longo do tempo (é previsto redução de forma pouco significativa ao longo do tempo).
NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA
Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.