A Romi é uma empresa do setor de bens industriais que produz máquinas-ferramenta para trabalho em metal, máquinas para processamento e modelagem de plástico e peças de ferro fundido.

Esse produtos incorporam tecnologias da Indústria 4.0 com uso de IA e Big Data.

Operação

A companhia possui treze unidades fabris: onze se localizam no Brasil enquanto duas na Alemanha.

A capacidade de produção de máquinas industriais é de 2900 unidades por ano.

A capacidade de produção de fundidos é de 50kt ano.

As vantagens competitivas da empresa consistem em investimento contínuo em P&D, soluções com tecnologia de ponta, rede de distribuição direta no país, assistência técnica própria, locação de máquinas, financiamento em moeda local e baixíssimo tempo de entrega dos seus produtos.

Conjuntura para o Setor

O setor industrial foi fortemente impactado pelo cenário de incerteza e volatilidade nos últimos anos.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial ressalta que os empresários começaram a demonstrar um leve otimismo mesmo diante do cenário complexo geopolítico atual.

Além disso, a inflação alta e juros altos no exterior, onde a empresa origina 24% de sua receita, prejudicaram realização de novos investimentos.

Do 3T22 para o 3T23 houve uma queda de 24% na entrada de novos pedidos para a Unidade de Máquinas Romi.

Máquinas Romi

A receita operacional líquida do 3T23 foi de 193,9 milhões de reais com uma queda de 15% ao se comparar com o 2T22.

Isso foi reflexo da redução na entrada de pedidos no mercado externo que foi em parte amenizada pelo aumento de receitas da locação de máquinas.

Máquinas Burkhardt+Weber

Essa linha de negócios trata da subsidiária alemã BW.

O faturamento dessa subsidiária atingiu no 3T23 o montante de 29 milhões de reais, 31% superior ao mesmo período do ano passado.

Essa melhora operacional foi reflexo do aumento de receitas de serviços assistência técnica e de peças de reposição.

Fundidos e Usinados

Essa unidade é instalada em Santa Bárbara d’Oeste/SP e atua nos segmentos que demandam peças fundidas e usinadas do tipo cinzento e nodular.

A receita caiu 67% em relação ao 3T22 e registrou o volume de 49 milhões de reais. Essa queda se deve à redução dos negócios para o setor de energia eólica.

Visão Geral

A empresa têm apresentado compressão de margens, porém segue como boa geradora de caixa e com estrutura de capital confortável.

Pares de Romi

A Romi possui um valuation semelhante a Tupy. Os pares (incluindo Schulz) possuem uma média de EV/EBITDA de 10,90x.

A análise de múltiplo EV/EBITDA indica um potencial de valorização de 74% nos preços atuais.

Potencial de Valorização

Premissas:

  • Crescimento projetado de receita em linha com o CAGR3Y de 28%.
  • EV/EBITDA de 8x em linha com a média.
  • Margem EBITDA média dos últimos 2 anos foi de 16,90%.
  • Além disso, a empresa é uma boa pagadora de dividendos.
  • Há um potencial de valorização de 60% com base nos preços atuais.

Sobre o Autor: Hugo Queiroz, CNPI, CGA

Sócio e Diretor de Corporate Advisory da L4 Capital

Resumo da Experiência: Hugo Queiroz é um profissional com ampla experiência no mercado financeiro. Com mais de uma década de atuação, ele começou sua carreira na Caixa Econômica Federal em 2006 como gestor de fundos, onde permaneceu até 2020. Durante esse período, foi reconhecido pela FGV como o melhor gestor de fundos de ações em 2017. Posteriormente, ele desempenhou o papel de Diretor de Análise e Consultorias no TC e também foi membro do Conselho de Administração.

Site: www.l4capital.com.br

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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

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