Pertencente ao grupo Randon, a Fras-le, empresa do segmento de auto-peças, realizou hoje apresentação institucional organizada pela APIMEC-SP.

Multinacional, a empresa possui atuação em diversos países como Argentina, Uruguai México, EUA, China e Índia.

Apoiado por uma gama extensa de aquisições recentes, como Armetal, Jurid e Fremax, a companhia obteve crescimento médio de 20% nos últimos anos, já considerando o resultado previsto de 2019, que deve chegar a R$ 1,4 bilhões.

Possui amplo portfólio de produtos, com mais de 16.000 referências, tendo como principais as lonas, pastilhas e sistemas de freios.

Em termos geográficos, apresenta praticamente metade de suas vendas no mercado interno e metade no externo. Aliado à resiliência do mercado de reposição, seu foco principal, acaba tendo menor exposição à grandes volatilidades operacionais.

Em termos financeiros, apresenta margem bruta de 25,8%, Ebita ajustado anualizando o último trimestre de R$ 168 milhões e lucro líquido de 112 milhões, com Valor de Mercado de R$ 1 bilhão na data de hoje.

Em relação ao futuro, a Fras-le se prepara para um mundo diferente, avaliando 4 pilares:

fonte: Fras-le

Entre outras ações, apresentou seus produtos pioneiros na oferta de material de fricção isento de cobre para o mercado norte-americano, tendência que já está sendo expandida para outros países. Também já há oferta de pastilhas para veículos elétricos.

O próximo foco de atuação da empresa é o mercado Chinês, onde pretende ter uma participação de 15% de suas receitas até 2023 (atualmente o mercado apresenta entre 3% e 4%).

Comentários:

A empresa não se encontra em momento de estagnação, mas sim de crescimento, tanto orgânico quanto via novas aquisições e parcerias pelo mundo. Por esse motivo, deve reduzir o pagamento de dividendos em relação ao ano passado.

Trata-se de empresa bem focada na evolução tecnológica de seu segmento.

Apresenta números robustos e resilientes em seu resultado.

Como ponto de atenção, deve apresentar impactos negativos em suas operações na Argentina, principalmente pela desvalorização cambial e pelos ajustes inflacionários.

NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA

Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.

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