Após realização de follow-on, a d1000 acaba de divulgar o seu primeiro resultado, com algumas boas notícias, mas ainda com preocupações quanto a capacidade de execução da empresa.
A receita líquida evoluiu em relação ao 2 trimestre, porém ainda se encontra 13,5% inferior ao mesmo período do ano passado. O motivo principal são os fechamentos de farmácias entre períodos (6 lojas a menos), além do movimento mais fraco das que se encontram localizadas em shoppings centers, que ainda performaram com ocupação reduzida.
Mesmo com a queda de receita, o lucro bruto apresentou importante evolução, ancorada em um melhor mix comercial (foco em produtos de marcas próprias), atingindo R$ 84,2 milhões (queda de 2,6%), porém com margem bruta superior (32%, contra 28,4% do ano anterior).
Essa margem bruta superior, justamente com redução de SG&A (gastos gerais e administrativos), elevaram o Ebitda em 10%, atingindo R$ 23,6 milhões.
A Margem Ebitda subiu para 9%, contra 7% no ano anterior.
Endividamento e Endicadores
Com a entrada de recursos do Follow-on, a d1000 atingiu caixa líquido positivo de R$ 142,5 milhões (mais caixa do que dívida):
Seguem alguns indicadores, baseados na cotação de hoje:
Valor de Mercado (VM): R$ 515 milhões
EV: r$ 415 milhões (VM – dívida líquida)
Ebitda Anualizado: R$ 94,4 milhões – de forma a excluirmos os impactos do primeiro semestre, multiplicamos o Ebitda do 3 trimestre por 4, de forma a termos uma noção melhor sobre um Ebitda anual normalizado.
EV/EBITDA Anualizado: 3,9
P/VP: 0,63 (PREÇO SOBRE VALOR PATRIMONIAL)
Futuro da d1000
Boa parte do mercado, ainda penaliza a companhia pelo passado de entregas abaixo do esperado. Das farmácias adquiridas, quase metade tiveram que ser fechadas, e a operação consumiu muito caixa.
A tese do investimento está baseado na perspectiva de crescimento, tanto de novas farmácias, quanto pela consequente evolução de margens.
No trimestre, foram abertas 5 novas farmácias e 2 ampliações. Além disso, a companhia divulgou previsão para abertura de mais 30 para o próximo ano, que corresponde a mais de 10% sobre o total de lojas atuais.
A maioria das novas aberturas serão no formato popular (especialmente com a marca Tamoio), com tempo de maturação mais curta.
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NÃO SE TRATA DE RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU VENDA
Sobre o Autor: Victor Kietzmann Junior é Economista formado pela FEA e atua individualmente há mais de 20 anos no mercado de ações.